Retrintrospectiva para intróito
etimologicamente irrecorrível
expressão vocabular
sirva-se
na passagem da vida:
forçosa poesia
viscosa palavra
nunca achada
fluxo
O silêncio não pára
_________
Psicotecelagem da vida cotidiana
Se não tiro das idéias
A singela tecelã...
Oh, tão bela tecelã,
Teça as bordas da manhã
Teça as bordas feito teias,
Feito veias, feito lã.
Se não tiro das idéias
A singela tecelã
Algum motivo deve haver?
Ouvi dizer que deve haver.
[05.06.05]
_________
Chapeau físsil
A paisagem
.............esparr
......................ama
............................va
..........................................Sombras fluidas de
..........................................espasmo:
..........................................Narrativa,
..........................................em desafinada contradança,
..........................................enfrenta
..........................................com sua borrasca -
..........................................vide asco -
..........................................o parapeito
..........................................alheio
..........................................(Não há momento
..........................................resoluto)
[06.07.05]
_________
Amarelo [claro]
Na verdade a discussão era
Outra
Vácuo
Coisas mundanas
Pensamento nas coisas
Microscópio, por exemplo
Há de _______ (novamente)
A respeito ou
[09.08.05]
_________
Saudade
Excentricidade de relógios
Amolecidos
(Fratura
..............Sensação)
Cada
Atração futura
Atmosfera de outono
Delírio passivo de coisa
Comovida
Com que vive
Enquanto
[05.09.05]
_________
Naquela janela
E daí o juízo
(suspenso)
Glossário de apreensões sensíveis
reconsultado às quatro
e trinta
puníveis tensões se dão
pensáveis no que esgoela tantíssimas
[26.10.05]
_________
Outridade
Ainda há refúgio à sombra
Ainda ( se à pedra
Ainda ) há
É preciso
É preciso ( dizer o falar se
É preciso ) datar o dia (ainda)
Proléptica
Segue com suas entranhas deslizadas
Muito antes
De trocar acenos
Muito antes
De atiçar um sonho
Esquivado à margem de resquícios
[08.11.05]
_________
Cinco retalhos
a Meu Abstrato Mestre
II
Ali está
Junto ao meio-dia
No fundo largo e solitário
Da basta melancolia
III
Ali está
Uma alma ainda
Reside mansas nuvens
Ainda sombras de mergulho
A imagem a imagem
Sono este
Sonho branco
Estranhíssimo marfim
IV
Mole floresce (folhas)
Sombreia sombras
(ali estão)
Aranhas bebem
Porção de cores
Dormem tranqüilas
Escuras
...........(poças)
V
Luz que brisa
Nenhum
A
paga
Que espelho
Nenhum
Que
brado
(Só uma
Palavr
A
vara)
Que afund
A
funda
[01.12.05]
9 Anátemas
visitando seu novo espaço.
abraços
gostei do espaço novo, Thiago. E começa com uma overdose de belos poemas. Gostei especialmente do segundo, mas todos são muito, muito bons. Versatilidade e domínio da técnica ficam evidentes.
Saudações
Ora, ora, sua dica ao Celso não foi nada entrometida, não. Você demonstra conhecimento do que fala, rapaz! Belos poemas, parabéns!
voltou inspirado e de blog novo. vou atualizar o link.
beijo
eu vi um livro do yeats em algum filme que vi, não cheguei a te contar que vi a amelie, não gostei, tantas coisas mais se falaria. etc.
aquela linha não se deve, enfim.
gostei muito do ritmo da primeira, já fiquei imaginando numa leitura.
beijo.
Ola,
Muito prazerosa a leitura de seus poemas, tomei gosto especial pelo 4º, palavras muito bem ordenadas, parabéns.
[s]s
ah, o chapeau físsil. tanto mais depois das sombras...
no (I), a concisão. E terminas com as síncopes, bem ao teu gosto, nesses retalhos. gostei. "Aranhas bebem
Porção de cores
Dormem tranqüilas
Escuras"... gostei muito.
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