Paul Celan I
ESTOU SOZINHO, coloco a flor de cinza
no corpo cheio de negrume amadurecido. Boca de irmã,
tu dizes uma palavra que sobrevive diante das janelas,
e sem ruído trepa, o que eu sonhei, por mim acima.
Estou de pé na profusão das horas murchas
e poupo uma resina para um pássaro tardio:
ele traz o floco de neve nas penas vermelho-vivo;
com o grão de gelo no bico, atravessa o verão.
(tradução de Y. K. Centeno)
[Paul Celan. In: Papoila e Memória]
no corpo cheio de negrume amadurecido. Boca de irmã,
tu dizes uma palavra que sobrevive diante das janelas,
e sem ruído trepa, o que eu sonhei, por mim acima.
Estou de pé na profusão das horas murchas
e poupo uma resina para um pássaro tardio:
ele traz o floco de neve nas penas vermelho-vivo;
com o grão de gelo no bico, atravessa o verão.
(tradução de Y. K. Centeno)
[Paul Celan. In: Papoila e Memória]
2 Anátemas
Celan, adoro Celan. Congrats, Ponce!
Ah, e gostei da referência ao Adorno aí embaixo.
Besos!
Me fez lembrar de uma exposição do Anselm Kiefer que teve no Grand Palais este ano; uma parte das obras era em homenagem ao Celan. Demais!
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