segunda-feira, abril 14, 2008

William Blake - The Tyger I

O Tygre


Tygre! Tygre! Brilho, brasa
que a furna noturna abrasa,
que olho ou mão armaria
tua feroz symmetrya?

Em que céu se foi forjar
o fogo do teu olhar?
Em que asas veio a chamma?
Que mão colheu esta flamma?

Que força fez retorcer
em nervos todo o teu ser?
E o som do teu coração
de aço, que cor, que ação?

Teu cérebro, quem o malha?
Que martelo? Que fornalha
o moldou? Que mão, que garra
seu terror mortal amarra?

Quando as lanças das estrelas
cortaram os céus, ao vê-las,
quem as fez sorriu talvez?
Quem fez a ovelha te fez?

Tygre! Tygre! Brilho, brasa
que a furna noturna abrasa,
que olho ou mão armaria
tua feroz symmetrya?


(tradução: Augusto de Campos)


(William Blake. In: Viva Vaia (Poesia 1949-1979))

1 Anátemas

Anonymous Anônimo disse...

Thiago, indubitavelmente, esta tradução do augusto é insuperável... Gostei de tuas traduções para Emily...

4:45 PM, abril 18, 2008  

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