João Cabral de Melo Neto I
A escultura de Mary Vieira
dar a qualquer matéria
a aritmética do metal
dar lâmina ao metal
e à lâmina alumínio
dar ao número ímpar
o acabamento do par
então ao número par
o assentamento do quatro
dar a qualquer linha
projeto a pino de reta
dar ao círculo sua reta
sua racional de quadrado
dar à escultura o limpo
de uma máquina de arte
por sua vez capaz da arte
de dar-se um espaço explícito
(João Cabral de Melo Neto. In: Museu de Tudo)
dar a qualquer matéria
a aritmética do metal
dar lâmina ao metal
e à lâmina alumínio
dar ao número ímpar
o acabamento do par
então ao número par
o assentamento do quatro
dar a qualquer linha
projeto a pino de reta
dar ao círculo sua reta
sua racional de quadrado
dar à escultura o limpo
de uma máquina de arte
por sua vez capaz da arte
de dar-se um espaço explícito
(João Cabral de Melo Neto. In: Museu de Tudo)
3 Anátemas
Adoro esse poema, Poncinho, simplesmente adoro.
JCMN é foda demais, me dá arrepios... Vou postar o meu preferido lá no Quati...
Oi Poncinho,
Concordo contigo, JCMN é de longe o maior poeta brasileiro.
Adorei aquele poema que vc colocou no meu blog, já o conhecia sim.
Mas o título do meu não é Eros e Psique, é o título da foto que eu tirei em Paris... O meu poema ainda está intitulado, quem sabe você não me ajuda...
Hm bom esse!
Postar um comentário
<< Home